⚔️ Trabalho remoto: batalha entre "novo" e "velho normal"?
Fatos indicam divergências entre CEOs e colaboradores. Mais: MongoDB 8.0, Canvas do ChatGPT, startup do criador do Vue, IAs avançadas "mentindo melhor" e notas rápidas.

O trabalho remoto, que se tornou regra durante a pandemia, agora parece enfrentar uma encruzilhada. De um lado, há CEOs ansiosos para ver seus escritórios novamente lotados. Do outro, colaboradores que descobriram uma nova forma de equilibrar vida profissional e pessoal. No meio desse embate, surgem dados e tendências que pintam um cenário complexo e cheio de nuances.
Uma pesquisa recente nos Estados Unidos, feita pela KPMG, revela que 79% dos CEOs acreditam que o trabalho remoto será coisa do passado em até três anos. Mais do que isso, 86% afirmam que recompensariam com aumentos, promoções e tarefas de maior valor aqueles que frequentam o escritório. A mensagem parece clara: voltem ou fiquem para trás.
Mas será que essa visão reflete a realidade do mercado e as necessidades dos profissionais? Dados do Reino Unido sugerem que não. O Partido Trabalhista britânico defende que o direito ao trabalho remoto aumenta tanto a produtividade quanto a lealdade dos colaboradores.
No entanto, a discussão não é tão simples. O secretário de negócios do mesmo partido ressalta que há momentos em que a presença física é necessária, especialmente para aprender com colegas mais experientes. Além disso, existe o risco de que as tarefas profissionais e pessoais se misturem demais no ambiente doméstico.
Divisões à parte, há notícias que dão a entender que a dinâmica da economia ignora se o trabalho é remoto ou presencial. A demanda global por desenvolvedores brasileiros, por exemplo, aumentou 40% no último ano, com salários médios anuais de 84 mil dólares para trabalho remoto. Isso sugere que, pelo menos no setor de tecnologia, a flexibilidade geográfica continua a ser um diferencial competitivo.
O que podemos concluir dessa batalha entre "novo" e "velho normal"? Talvez a resposta esteja no meio-termo. Empresas que insistem em políticas rígidas de retorno ao escritório, como vimos recentemente com Amazon e Nothing, podem estar perdendo talentos diferenciados. Por outro lado, ignorar completamente os benefícios da interação presencial é igualmente prejudicial.
O futuro do trabalho provavelmente será híbrido, com jornadas no conforto e flexibilidade do trabalho home office, mas sem dispensar encontros, principalmente estratégicos. Para nós, desenvolvedores, isso significa estar preparado para ambos os cenários: ser produtivo remotamente e saber aproveitar ao máximo os momentos presenciais. Afinal, nossa verdadeira habilidade está em nos adaptarmos às mudanças — seja no código ou no ambiente de trabalho.
⁉️ Vai perder o prazo para se candidatar à vaga mobile na BeTalent?
Ainda dá tempo! Você tem até esta segunda-feira, 07/10/2024, às 23h55, para se candidatar à vaga para pessoas desenvolvedoras mobile na BeTalent. Os requisitos são simples: conhecimentos em React Native e/ou Flutter e muita vontade de trabalhar em um ambiente colaborativo, 100% remoto e com desafios que irão alavancar sua carreira. As inscrições seguem neste form. Inscreva-se e ajude a divulgar! Torcemos para que você esteja conosco, na BeTalent, em breve!
🛟 OpenAI lança Canvas, nova interface para colaboração em projetos
OpenAI apresentou Canvas, uma nova interface para o ChatGPT que promete facilitar a colaboração em projetos de escrita e programação. Semelhante à funcionalidade Artifacts do Claude da Anthropic, Canvas exibe o conteúdo em uma janela separada, permitindo que os usuários acompanhem rascunhos de documentos ou código enquanto interagem com o assistente de IA. Entre os recursos interessantes estão atalhos para tarefas comuns, como ajuste de complexidade do texto e tradução de código entre linguagens. Por exemplo, é possível converter JavaScript para PHP, TypeScript ou Python com poucos cliques. O Canvas está em fase beta para usuários do ChatGPT Plus e Teams, com planos de expansão futura. Mais no blog da OpenAI.
🔥 Criador do Vue e Vite funda startup visando revolucionar ecossistema JS
O criador do Vue.js e Vite, Evan You, anunciou sua nova empreitada: VoidZero. A startup, que recebeu US$ 4,6 milhões em financiamento inicial, tem como objetivo desenvolver um conjunto unificado e de alto desempenho de ferramentas para o ecossistema JavaScript. A proposta é ambiciosa: criar parser, transformador, resolvedor, linter, formatador, minificador, bundler e test runner — tudo integrado e otimizado. You argumenta que isso pode eliminar inconsistências e melhorar a produtividade dos desenvolvedores. A empresa já lançou projetos de código aberto como Oxc (parser JavaScript ultrarrápido) e Rolldown (bundler que promete superar o esbuild). Mais no anúncio oficial e no site da empresa.
⚙️ MongoDB 8.0 promete mais velocidade e segurança
MongoDB, popular banco de dados NoSQL, lançou sua versão 8.0 com melhorias de desempenho. A nova versão oferece até 36% mais velocidade em leituras e 56% em gravações em lote. Para desenvolvedores web, o ganho geral de performance chega a 32%. A atualização traz ainda avanços em segurança, com expansão da Queryable Encryption para suportar consultas de intervalo em dados criptografados. O escalonamento horizontal ficou mais rápido e barato, distribuindo dados até 50 vezes mais rapidamente. Essas melhorias podem resultar em aplicações mais ágeis e custos reduzidos para as equipes de desenvolvimento. Interessados podem experimentar a versã gratuitamente em mongodb.com/try.
🤥 IAs avançadas ficam melhores em mentir convincentemente
Um novo estudo na Nature revela que modelos de linguagem mais avançados, como GPT-4, estão ficando craques em inventar respostas que parecem verdadeiras. Diferentemente dos modelos antigos que diziam "não sei" quando estavam em dúvida, os novos quase nunca admitem ignorância. Isso é resultado não só do aumento de escala (mais dados e parâmetros), mas do treinamento com feedback humano (RLHF), que ensinou as IAs que é melhor inventar algo convincente do que dizer "não sei". A lição para nós, desenvolvedores? Use essas IAs em áreas que você domina, trate-as como ferramentas (não mentores) e lembre-se: elas podem concordar com raciocínio errado se você insistir. Ars Technica ajuda a entender mais.
💬 Rapidinhas: React, SGVs, FP e fine-tuning para imagens
Evolução dos componentes React: o React introduziu diversos tipos de componentes desde 2013. Conheça as diferenças entre
createClass
, componentes de classe e funcionais com Hooks.New York Times e React 18: o NYT migrou seu site principal para o React 18 recentemente. Entenda os desafios técnicos e soluções adotadas durante a atualização.
Criação de SVGs com código: SVGs podem ser criados diretamente com código, sem ferramentas gráficas. Aprenda como usar elementos básicos como
<rect>
,<circle>
e<line>
para desenhar gráficos vetoriais.Programação funcional em JS: programação funcional utiliza conceitos como funções puras e imutabilidade. Saiba — ou relembre — neste tutorial como aplicar composição de funções e outros padrões funcionais em JavaScript.
Fine-tuning visual no GPT-4: a OpenAI lançou recursos de fine-tuning com imagens para o GPT-4. Saiba aqui como adaptar o modelo para tarefas específicas de visão computacional.
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