🏆 Python, JavaScript e Java dominam rankings de linguagens
Um overview em listas de linguagens mais usadas. Mais: vazam segredos de SEO do Google, avanços do Canva em design, menos JS no Edge e dicas para código limpo

Quais as linguagens de programação mais usadas no mundo? Qualquer engenheira ou engenheiro que se preze certamente dirá: depende de qual é o ranking, de qual intervalo de tempo da avaliação, entre outros critérios.
No entanto, com base em algumas das fontes da web, e também do GitHub, é fácil chegar a constatações.
A imagem que ilustra esse post traz o ranking das 10 principais linguagens usadas no GitHub em 2023, e sua posição ano a ano, desde 2014, conforme a pesquisa GitHub Octoverse.
JavaScript domina repositórios como campeã absoluta na última década. Python aparece em segundo. E, em terceiro e quarto, algo interessante: TypeScript tomou posição de Java, que quase sempre esteve entre as top 3. Sinais dos tempos.
O fato de JS ser a linguagem por excelência do front-end e, desde o Node.js, em 2009, também servir no back-end, ajuda a entender porque encabeça a lista. Python vem na sequência porque é a linguagem padrão para Data Analytics, Data Science e aplicações de Machine Learning e IA. Java, apesar de vir caindo, impera em grandes corporações, como bancos.
O Índice TIOBE, um dos principais da Internet — que tem uma metodologia diferente, baseada no número de engenheiros qualificados, cursos, fornecedores e popularidades em sites — tinha, em maio/2024, Python como a linguagem mais usada (16,33%), seguida de C (9,98%), C++ (9,53%), Java em quarto (8,69%), C# (6,49%) e JS em sexto (3,01%).
Faz sentido, porque mapeia todo o mercado, não só o GitHub. E linguagens como C e C++ — que já foram top 1 e 2 na década de 1990 — estão na maioria dos sistemas embarcados, industriais e de baixo nível. Mas Python, Java e JS estão ali, no páreo, mesmo com JS se mantendo estável e Java caindo. Python é caso à parte, com boom na última década.
O PYPL Index, outro ranking, que se baseia na frequência com que tutoriais das linguagens são pesquisados no Google, tinha, também em maio/2024, Python (28,98%), Java (15,79%) e JavaScript (8,79%) como as top 3.
O ranking Redmonk, que usa dados do GitHub e Stack Overflow, traz, para 2024, JS, Python e Java, nesta ordem. Ou seja, só mudam as posições. A lista do IEEE Spectrum, associação de engenheiros elétricos dos EUA, é parecida com a do TIOBE: Python em primeiro, Java em quinto e JavaScript em sétimo.
A leitura permite inferir, grosso modo, que fontes mais baseadas em critérios da web tendem a ter JS, Python e Java como predominantes. Quando se amplia o olhar, essas linguagens continuam sempre no top dez, com as de baixo nível (C, C++ e até o SQL, onipresente em dados estruturados) no meio.
Obviamente, rankings não querem dizer que uma linguagem é melhor que outra, apenas que é mais usada. De qualquer forma, é interessante acompanhar essas tendências para o caso de querer se especializar em outra linguagem ou para entender o que está (e deve continuar) em alta.
😵💫 Google: vazam segredos de SEO e gafes na busca com IA
Google continua sendo uma das empresas mais valiosas do mundo, mas não tem tido vida fácil. Recentemente, vazaram 2.500 documentos que revelam seu maior segredo industrial: como as regras de SEO funcionam. São 14 mil atributos para um site ser rankeado, e contradizem regras que o Google divulgava. Além disso, a empresa passou vergonha ao integrar IA no buscador. A IA já informou que um cachorro jogou na NBA, NFL e NHL, que Batman é policial e sugeriu colocar cola na pizza para o queijo grudar melhor. Para piorar, a remoção das gafes tem sido manual.
🎨 Canva avança com IA para design
Canva, serviço popular para design, já teve sua IA, o Magic Studio, usada mais de 6 bilhões de vezes. E recentemente, no Canva Create 2024, ganhou mais novidades: geração de gráficos a partir de textos, geração de layouts e estilos, geração de postagens profissionais para mídia social e melhorias em redimensionamento e edição de imagens. Também houve outros lançamentos fora da IA, como o Canva Cursos, para criação de material de aprendizado. Uma nova experiência de trabalho estará disponível como easter egg ao primeiro milhão de usuários que descobrir um portal secreto na home da ferramenta.
⚙️ Microsoft reduz dependência de JS no Edge
A Microsoft lançou a WebUI 2.0 para o navegador Edge, marcando uma mudança para menos uso de React e mais HTML-First e Web Components. A mudança visa reduzir a quantidade de JavaScript, para uma interface mais rápida e responsiva, especialmente em hardware modesto. A alteração reverte tendência dos últimos anos de sobrecarregar aplicativos web com JS. WebUI 2.0 é uma tentativa de retornar aos fundamentos, priorizando HTML e componentes leves, segundo a empresa.
🐧WSL ganha melhorias de memória, sudo
para Windows e playground
O Windows Subsystem for Linux (WSL), que permite instalar uma distro Linux no Windows, ganhou recursos interessantes agora em maio/2024: liberação automática de memória, melhorias na capacidade de rede e promessa de aplicativo GUI, em breve, para facilitar configurações. Também trouxe a possibilidade de usar sudo
no Windows, além de um recurso experimental no Dev Home que permite inserir um prompt e gerar, via IA, um playground (ambiente de contêiner) para desenvolvimento Linux (demonstração).
💡 Três dicas para código limpo e para codar remoto
Primeiro, desapegue-se do perfeccionismo e faça o código funcionar. Depois, faça certo: implante testes e corrija o que construiu. Por fim, limpe, refatore e otimize. Estas três dicas simples são de Kevin Naughton Jr., da The Software Engineer Weekly, sobre código limpo. A newsletter traz outros conselhos de fácil leitura, como essas três "chaves" para trabalho remoto: comunicação, organização do espaço e timebox debugging — ou quanto tempo você se determina a gastar debugando um problema antes de pedir ajuda.
❓Curiosidade: você conhece a origem da palavra "algoritmo"?
Vale pesquisar, porque essa não é tão óbvia quanto pode parecer. Tem relação com a história e a matemática.
A propósito, a resposta à pergunta da edição anterior também tem a ver com matemática: recursividade ou "recursão" é um conceito que se refere à definição de uma função ou sequência em termos de si mesma. Em outras palavras, é como uma função que chama a si mesma até atingir um caso base. Além da sequência de Fibonacci, um exemplo clássico é o fatorial de um número, denotado como n!, que é o produto (multiplicação) de todos os números inteiros positivos de 1 até n. Seja 0! = 1 o caso base (para não haver um loop infinito), o passo recursivo é n!=n×(n−1)! para n>0. O fatorial de 3, por exemplo, é 1 * 2 * 3 = 6. Para exemplos não matemáticos, pense no ato de descer uma escada até o degrau zero ou em um espelho refletindo em outro. Recursividade tem origem na matemática e, como tal, é muito útil em computação.
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