Figma divulga IA que gera designs funcionais com código
Figma Make quer abocanhar parte do mercado de "vibe coding". Mais: vibe-coding também na mira de Apple e Anthropic; novidades do Node 24; PostgreSQL 18; e debate sobre copilots vs. chats para codar.
O Figma anunciou em seu evento Config 2025, esta semana, uma série de novos recursos e ferramentas que expandem sua plataforma para além do design de interface, com destaque para o Figma Make, ferramenta que transforma descrições textuais em websites e aplicativos funcionais, e com código — útil, por exemplo, para prototipação e validação rápidas.
A nova funcionalidade premium permite que usuários descrevam uma ideia ou utilizem um design existente como ponto de partida para gerar automaticamente a aplicação, sem necessariamente saber codar, mas também permitindo alterar a íntegra do código, se necessário. O recurso utiliza o modelo Claude 3.7 Sonnet da Anthropic e está disponível apenas para assinantes de planos pagos do Figma, que começam em US$16 por pessoa mensalmente.
O lançamento surge em resposta ao crescimento das ferramentas de "vibe-coding" no mercado, um segmento que tem atraído interesse de grandes empresas como Google, Microsoft e OpenAI.
Dylan Field, CEO e cofundador do Figma, afirmou que, mesmo com o avanço da IA, o papel dos designers continuará sendo essencial no desenvolvimento de software. "Quanto mais o tempo passa, mais confiante estou no papel de um designer — e acredito que será uma das funções críticas na construção de software no futuro", comentou em conversa com Garry Tan, CEO da Y Combinator.
Além do Figma Make, a empresa apresentou outras quatro ferramentas que complementam seu ecossistema:
Figma Draw: conjunto de ferramentas para ilustração com pincéis vetoriais, efeitos de textura e controles avançados de traços, eliminando a necessidade de alternar entre softwares para trabalhos criativos.
Grid: nova opção de layout automático que facilita a criação de designs responsivos, com células organizadas em linhas e colunas que se adaptam a diferentes tamanhos de tela.
Figma Buzz: solução para criação e distribuição de materiais de marketing em escala, permitindo que times editem e publiquem materiais seguindo diretrizes de marca.
Figma Sites: ferramenta integrada para design, prototipagem e publicação de websites responsivos sem necessidade de trocar de plataforma.
Estas novidades chegam pouco depois do arquivamento confidencial para oferta pública inicial (IPO) do Figma no mês passado, movimento que pode atrair mais investidores para a empresa, que continua expandindo sua atuação para além do design de interface.
O Figma Make estará disponível inicialmente em fase beta, com recursos de geração de aplicações por IA programados para as próximas semanas, segundo informou a empresa. Os usuários que já testaram a ferramenta conseguiram criar desde jogos e aplicativos de notas até calendários personalizados, segundo os comunicados.
Mais no próprio Figma (quem usa deve ter visto pop-ups com as novidades), no release e no recap da Config 2025, e nos comunicados do Figma Draw, Figma Grid, Figma Buzz, Figma Sites e Figma Make.
Node 24 traz V8 13.6 e npm 11 como destaques
Node.js lançou sua versão 24.0.0, que será "Current" pelos próximos seis meses, até entrar em fase LTS em outubro. A atualização inclui o motor V8 13.6, com novas funcionalidades como Float16Array, gerenciamento explícito de recursos e RegExp.escape. Também traz o npm 11 e importantes melhorias como AsyncLocalStorage usando AsyncContextFrame por padrão e URLPattern disponível globalmente. Mudanças na API incluem a remoção do suporte ao MSVC no Windows (agora requer ClangCL) e várias depreciações, como url.parse(). A versão anterior (Node 18) foi marcada como fim de vida, encerrando seu ciclo de suporte. Mais no anúncio oficial.
PostgreSQL 18 Beta 1 traz ganhos de performance com E/S assíncrona
O PostgreSQL Global Development Group lançou a primeira versão beta do PostgreSQL 18. A nova versão apresenta um subsistema de E/S assíncrona (AIO) capaz de aumentar a vazão e reduzir a latência, com testes mostrando melhorias de desempenho de até 3 vezes. Outras novidades incluem: colunas virtuais geradas sob demanda, suporte a autenticação OAuth 2.0, checksums habilitados por padrão em novos clusters e verificações "skip scan" para índices B-tree multicoluna. O lançamento final está previsto para setembro/outubro de 2025. Desenvolvedores podem testar a versão, disponível aqui. Mais no comunicado oficial.
Apple e Anthropic unem forças para criar plataforma de "vibe-coding"
A Apple está colaborando com a Anthropic para desenvolver uma plataforma de "vibe-coding" que usará IA para escrever, editar e testar código. O sistema será uma nova versão do Xcode com integração do modelo Claude Sonnet da Anthropic, segundo fontes da Bloomberg. A ferramenta conta com interface de chat para solicitar código ou alterações e pode testar interfaces de usuário, além de ajudar a encontrar e corrigir bugs. A Apple planeja usar o software internamente antes de decidir sobre um lançamento público, possivelmente na conferência para desenvolvedores que começa em 9 de junho. Mais na Bloomberg.
Programadores debatem melhor forma de usar IA no código
Em discussão no Hacker News, devs comparam o uso de IDEs com integração de IA (como Cursor e Windsurf) versus copiar e colar código em chats como ChatGPT e Claude. Enquanto IDEs têm a vantagem de já conter o contexto do código-fonte, muitos relatam que aplicações de chat oferecem respostas mais elaboradas. O consenso é que diferentes tarefas se beneficiam de diferentes abordagens: refatorações simples e boilerplate funcionam bem com IDEs, enquanto ideias e arquiteturas complexas são melhores discutidas em chats. Mais no Hacker News.
OpenAI compra Windsurf por US$ 3 bilhões
A OpenAI adquiriu o Windsurf (ex-Codeium) por US$ 3 bilhões, marcando sua maior aquisição até o momento. Segundo analistas, a aquisição vai além de apenas comprar uma ferramenta — representa o controle de um ecossistema completo para desenvolvedores, permitindo à OpenAI obter dados de primeira mão sobre uso e reduzir dependência da infraestrutura Microsoft, além de fazer frente ao GitHub Copilot. Para quem usa o Windsurf, a expectativa é de integração com a suíte de produtos OpenAI, embora ainda não haja planos anunciados. Mais aqui e aqui.
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